A Casa-Museu Anastácio Gonçalves foi construída entre 1904 e 1905, a partir de um projeto do arquiteto Norte Júnior e a pedido do pintor José Malhoa, para sua residência e atelier de trabalho. A então designada “Casa Malhoa” recebeu o Prémio Valmor, em 1905, provavelmente o mais prestigiado prémio lisboeta e português, na área da arquitetura.
Posteriormente, em 1932, o edifício foi comprado pelo médico Anastácio Gonçalves, que nela residiu e reuniu uma coleção de arte com cerca de 3000 peças, nomeadamente pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, porcelana chinesa, mobiliário português e estrangeiro, bem como vários núcleos de ourivesaria, pintura, escultura, cerâmica, têxteis, numismática, vidros e relógios de bolso. Em 1969, por vontade do seu proprietário, o edifício foi legado ao Estado Português, para que nele se fizesse um museu.
Após a abertura ao público, em 1980, a Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves conheceu diversas intervenções e melhoramentos, que incluíram a anexação de uma moradia, também da autoria de Norte Júnior. Reaberto ao público em dezembro de 2017, este pequeno museu de arte, para além de reunir o acervo do médico e colecionador, veio a incluir também um conjunto de artigos do espólio do pintor Silva Porto (desenhos, aguarelas e pequenos artefactos). Conta ainda com lojas, cafetarias e uma zona para exposições temporárias.
O espaço desenvolve diversos projetos e atividades educativas e dispõe de uma sala para eventos, com capacidade para 60 pessoas.