Conhecida em todo o mundo, a Torre de Belém, também designada Torre de São Vicente, é um dos ex-libris culturais e arquitetónico de Portugal. Inscrita na lista do Património Mundial da UNESCO, é muitas vezes apresentada como imagem do país.
O edifício foi mandado construir pelo rei D. Manuel I, em 1514, na praia de Belém, dispondo de vista privilegiada sobre os barcos portugueses que partiam para os Descobrimentos. Serviu de baluarte e as suas masmorras foram a “casa” forçada de muitos prisioneiros ao longo dos séculos. Fez também parte de um antigo sistema de defesa tripartida entre o baluarte de Cascais e a fortaleza de S. Sebastião da Caparica (na margem oposta do rio Tejo).
Com a evolução dos meios de ataque e de defesa, a Torre foi perdendo, gradualmente, a sua vocação defensiva, tendo passado a desempenhar diversas funções, desde arquivo aduaneiro, posto de sinalização telegráfica e farol (com a colocação de uma baliza luminosa no terraço do Baluarte, em 1865).
A sua decoração reflete os principais elementos da estética manuelina, com cordas, esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo e itens naturalistas. Originalmente cercada de água por todos os lados, as alterações no rio Tejo conduziram à sua “aproximação” a terra firme. Em 1983, foi criado um lago artificial, em redor da torre, de forma a que mesma permanecesse dentro de água – o acesso é atualmente feito através de uma pequena ponte.
Todos estes fatores concorrem para a que a realização de um evento na Sala do Baluarte da Torre de Belém seja certamente um acontecimento inesquecível.